O termo Educação 4.0 é uma referência a 4ª Revolução Industrial. Ela pode ser compreendida como o processo acelerado de digitalização das relações produtivas em diversos setores da economia. As características mais marcantes dessa “era” são o aperfeiçoamento de softwares, hardwares e redes de computadores. Além, é claro, do acesso em tempo real a grandes pacotes de dados. 

A fase atual da industrialização foi precedida pela 3ª Revolução Industrial. Este período aconteceu em meados da década de 1970. Nessa época obtivemos grandes avanços nas telecomunicações e o advento da eletrônica. 

Bem, mas o que tudo isso tem a ver com Educação? 

A Educação 4.0 seria uma releitura da chamada revolução industrial. Na medida que também está inserida em um contexto de grandes transformações viabilizadas pela tecnologia. Em termos práticos, estamos falando de uma espécie de atualização das práticas adotadas neste campo do conhecimento. 

Neste artigo, nos aprofundamos nessa discussão. Traremos definições em detalhes sobre o que é a Educação 4.0, como funciona sua implementação e quais são seus impactos no mercado de Educação. Continue a leitura e saiba mais. 

O que é a Educação 4.0? 

A Educação 4.0 surge sob a promessa de transformar inteiramente a forma como adquirimos e transmitimos conhecimento. Ela ressignifica a experiência de aprendizagem por intermédio da tecnologia. 

Um dos principais conceitos que dão suporte a esse novo modelo de Educação são o learning by doing. Estes, podem ser traduzido como fazer pela própria experiência. Outro fator de suporte é a cultura maker, relacionada a uma noção de fazer por si mesmo. 

A ideia é mobilizar recursos tecnológicos para que eles funcionem como ferramentas de interação, pois acredita-se que vivências coletivas são capazes de estimular habilidades socioemocionais. Especialistas enxergam esse tipo de habilidade como um fator preponderante para a assimilação de novos conhecimentos. 

Quais os pilares da Educação 4.0? 

Para que tudo fique mais claro, vejamos quais são os principais pilares da Educação 4.0, presentes no livro “A Realidade Virtual auxiliando o processo de ensino e aprendizagem”, das autoras Lilian Tori e Bernardo Harlllen. 

  • Modelo sistêmico. Avaliar o contexto atual e estabelecer estratégias para construir um plano de inovação efetivo. 
  • Mudança do senso comum. Utilizar referenciais teóricos que abordem a educação de um ponto de vista científico e tecnológico, permitindo uma base concreta para aplicar em sala de aula. 
  • Engenharia e gestão do conhecimento. Analisar as competências e habilidades dos alunos. 
  • Cibercultura. Preparar o ambiente de aprendizagem para oferecer, de forma eficaz, o novo modelo de educação. 

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Como funciona a implementação? 

Na tentativa de se adaptar às mudanças promovidas pela 4ª Revolução Industrial, as instituições de ensino precisam incluir novas soluções e ferramentas tecnológicas ao processo de ensino e aprendizagem. 

Em linhas gerais, esses recursos incluem novos sistemas de informações, a inteligência artificial, as novas mídias e a análise e interpretação de grandes volumes de dados. 

A introdução da Educação 4.0 nas escolas também demanda o auxílio de dispositivos eletrônicos, como notebooks, smartphones e tablets. Com esses aparelhos, é possível explorar aplicações multidisciplinares, que podem ser conduzidos pelo intermédio de vídeos, jogos e sistemas. 

Vale ainda lembrar que o funcionamento desse modelo educacional depende decisivamente de uma integração entre recursos tecnológicos e a própria proposta pedagógica. Isto é, não bastam novas ferramentas, é preciso um esforço adicional para inseri-lás de forma contextualizada às práticas de ensino. 

Com as chamadas metodologias ativas, por exemplo, que consistem no estímulo a participação ativa dos alunos, temos o desenvolvimento de habilidades como criatividade, integração, visão sistêmica e habilidades socioemocionais. 

No contexto dessa metodologia, temos a promoção das seguintes práticas: 

  • Ensino híbrido. Propõe alternar entre ensino presencial e remoto, proporcionando a experiência de aprendizagem em ambos os ambientes e dominando cada vez mais a esfera digital. 
  • Cultura maker. Visa estimular a autonomia dos alunos a partir do “faça você mesmo”, participando ativamente da construção do próprio conhecimento. 
  • Realização de projetos. Elaboração de projetos para solucionar um problema que envolva questões sociais, utilizando os conhecimentos obtidos em sala de aula e aplicando na realidade concreta, o que consolida a aprendizagem. 
  • STEM. Sigla em inglês que se refere às áreas da Ciência, Tecnologia, Engenharia, Matemática e Arte. A ideia é integrá-las na educação para auxiliar de forma prática na aprendizagem. 

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 Leia também sobre Educação 4.0: Tendências no ensino infantil.

Educação 4.0 como parte do Banco Nacional Curricular Comum (BNCC) 

Contrariando o que algumas pessoas possam vir a pensar, a Educação 4.0 já faz parte das diretrizes nacionais para a Educação. Isso pode ser visto nas 10 competências previstas no Banco Nacional Curricular Comum (BNCC), documento produzido pelo MEC. 

Vamos a lista de competências: 

  • Conhecimento. Explorar os conhecimentos sobre os mundos físico, social, cultural e digital, de modo a aprender a lidar com a realidade, continuar aprendendo e colaborar com a sociedade. 
  • Pensamento científico e criativo. Estimular a curiosidade intelectual e criatividade a partir das ciências, para investigar, causar, elaborar e testar hipóteses, além de formular e resolver problemas. 
  • Repertório cultural. Vivenciar a diversidade cultural e artística, na prática. 
  • Comunicação. Utilizar diversas linguagens para expressar-se e partilhar informações, experiências e ideias, e produzir sentimentos que levem ao entendimento mútuo. 
  • Cultura digital. Explorar as tecnologias digitais para comunicar-se, acessar e produzir informações e conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria. 
  • Trabalho e projeto de vida. Valorizar as experiências e aprendizados para entender o mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, criticidade e responsabilidade. 
  • Argumentação. Aprender a argumentar com base em fatos confiáveis para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns, com base em direitos humanos, consciência socioambiental, consumo responsável e ética. 
  • Autoconhecimento e autocuidado. Conhecer a si mesmo para cuidar da sua saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 
  • Empatia e cooperação. Estimular o diálogo e a resolução de conflitos para promover a coletividade e o respeito, com acolhimento e valorização da diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza. 
  • Responsabilidade e cidadania. Agir de modo responsável para tomar decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 

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